Poema em destruída gestação
Poesia esmagada por mãos
Aflitas, instigadas pelo álcool
Corrediço de portas sem trancas
Lançada em guardanapo
Sobre um chão duro de paralelepípedo
Poesia escrachada pela verve pietrowagneriana
A hora de arriscar talvez merecesse mais belos versos
Rebuscadas palavras
Um pouco mais de classicismo
Os versos agora rotos, encharcados pela chuva da madrugada
Levados pela água que lavou a rua
E levou os bêbados junto
Os versos do que fora um poema de um sábado fora de hora
De solidão equivocada na cidade natal
São lembranças pálidas de um mente cansada
Do homem que as mulheres procuram,
O companheiro, o amante, o não perfeito,
O não príncipe, o íntegro
Que abre os seus ouvidos e usa a sua mente
Para processar o que escuta
E amadurecer.
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domingo, 8 de agosto de 2010
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