Mulher
Por que não me dizes logo não?
Como uma mãe a um filho mal criado
Ou me põe em teu colo
E faz cafuné para que durma?
Assim me pouparias desta espera angustiante
Deste silêncio inquietante
Dessas rimas sufocantes.
Mande-me rezar o Pai Nosso
Dê-me um beijo na testa
E com um riso doce
Chame-me de filho
E renegue-me.
Renegue-me com todo despudor possível
Arranque o véu do rosto
E renegue-me antes de calar.
Chame-me de tolo
Erga a mão à meia altura
E balance-a
Mostre aquele semblante triste
Característico das despedidas
E enlace-se com outro
E chame-o de tolo
Dias depois...
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sábado, 10 de julho de 2010
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