sexta-feira, 18 de junho de 2010

Eduardo Cordeiro

         Enfant Terrible



a cada instante incitava-me

a mostrar minha insônia.

sem saber, queres sentir

o real serviço de teus braços

e seguras impávida

na minha pouca raiva...

no meu pouco desejo...

no meu pouco copo:

do largo prazer do vinho.

a cada hora acorde-me

para as satisfações

que teimo em largar

e perde-te na calma

sem saber que o medo

não é menos cruel que a coragem.

coragem de imensas

                           alegrias,

imersas em felicidades de tempos calmos

que teus olhos entreabrem-se

sem saber dos meus sonhos

                          que não são

                                        muitos.



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